segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O que é o amor?

"De chocolate que o amor é feito."


Xuxa e Trem Da Alegria já sabiam de tudo antes mesmo de Eu nascer, em 1984.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O que é o amor?

É uma coisa impalpável que está entre duas pessoas e que as faz dependentes uma da outra, no sentido de que ficam viciados no prazer que ele causa.


Poético rima com patético.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Um desabafo sentimental.

"Um brinde aos sozinhos, os únicos sortudos que não serão traídos por pessoas queridas."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Egoísmo e prepotência humanas.

O maior símbolo dessas duas característas são, talvez, os vegetarianos e vegans. Concordo que dá dó demais pensar que se cria aqueles bichinhos só pra matar e consumir e que o processo de criação é absurdo e doloroso. Mas quem garante que as plantas, o concreto ou os metais também não sentem o que chamamos de sofrimento?!
O que acontece com os animais é que eles são muito próximos de nós e conseguimos entender a percepção de mundo deles, sabendo que o que fazem a eles o causa absurdo sofrimento. Mas o mundo não se resume à nossa percepção dele.
Nada garante que outros aglomerados de células, moléculas, átomos, energia - ou coisas que nem imaginamos existir - não possuem algo que os fazem sentir algo análogo ao nosso sofrimento. Vai que a tela do meu computador está se matando em dores pelo fato de eu estar olhando pra ela agora?! Pode ser. Tudo pode. O que o ser humano conhece do que realmente existe é absurdamente pouco, e disso eu tenho absoluta certeza. Basta pensar que tudo é aglomerados de energia e que os átomos são feitos muito mais de vazios que de cheios dela. E aí, por que nosso olho só percebe dessa forma?! Porque somos absolutamente restritos! Nossa percepção é fraca e ingênua. Pensar que um porco sofre mais que uma planta só porque eu entendo o seu modo de funcionamento é burrice. Mesmo.
Então, caros vegetarianos, ao invés de falarem "eu não como carne pra que parem de maltratar os bichinhos", digam "eu não como carne porque sei como o bichinho se sente e não me importo se as plantas ou outras coisas que preciso pra viver sentem algo, porque eu não conheço e não dou a mínima".
No fim das contas, tudo são aglomerados de energia mesmo...

P.s.: Daniel Johns é vegetariano.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Cecília Meireles sabia das coisas...

XXVI

O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste breve,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos humanos,
Esquecidos...
enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Arte Contemporânea": o trabalho dos preguiçosos.

Rigorosamente, o que seria a arte contemporânea? A arte produzida no tempo atual. Certo? Imagino que sim, mas parece que não. Realmente acredito que não devemos nos prender a nada, todos os padrões podem ser desconstruídos e essas desconstruções podem ser reconstruídas ou piormente trituradas. Tudo pode. Certo? Sim, desde que haja consciência. Se for fazer algo ruim, faça sem medo, mas saiba disso, pelo amor de Nosso Senhor Bom Deus! As liberdades do modo de se pensar e construir um trabalho hoje têm se confundido com "conceitos de arte contemporânea", ou pior: "regras de arte contemporânea", o que seria extremamente contraditório. Os nossos queridos "artistas" têm usufruído dessa liberdade de forma completamente retardada. Pegam isso e acham que podem tudo e, logo, não precisam estudar muito. Tentam ser diferentes, legais e "contemporâneos" e acabam repetindo um monte de clichê imbecil. Vai lá assistir dança ou em alguma exposição de "arte visual" (como se outras artes não usassem e abusassem da visão humana) pra ver: tudo a mesma coisa, ninguém se preocupa com o espectador/observador/participante/próximo/etc., pois, afinal, pode-se interpretar tudo. Então eu posso colocar um monte de livros grudados um no outro sem escrito nenhum em uma sala gigante, pois tenho dinheiro pra isso, e neeem me preocupar com qualquer percepção que o outro vai ter disso. Na dança é ainda pior, dá pra fazer uma lista de clichês: o nu, a voz, as quedas, rolamentos, o desequilíbrio individual e espacial, o martírio, a interação com o público envolvendo proximidade geográfica e vergonha alheia, entre outros milhões! Não estou dizendo que isso não deve ser feito ou que isso é ruim, de forma alguma. Só estou dizendo que isso vem sido repetido constantemente, tentando se atingir um lugar do "novo", do "contemporâneo", e acabam repetindo coisas sem chegar a lugar algum. Essas coisas todas, um dia, partiram de algo, fizeram algum sentido. E aí acabaram por se tornar códigos que as pessoas se sentem quase obrigadas a usar, pra não serem chamadas de caretas ou pra serem consideradas "alternativas" e "contemporâneas". Essas pessoas, que são as que mais fazem críticas aos rótulos, são as que mais fazem uso deles. Os códigos estão lá, claros pra todo mundo ver. Fala sério, se você vê um artista, você reconhece, não reconhece? Tentam parecer um, é uma coisa ridícula (no mau sentido), quase dá dó. Tá tudo meio perdido, as pessoas estão meio atordoadas, eu acho. É muita informação sem sentido e sem porquê junta, e acaba parecendo que esse é o certo. Mas não tem certo. Isso é só uma forma em que as pessoas encontraram um caminho fácil e, por as fazer parecer inteligente, usam e abusam em tudo quanto é trabalho.
E tem outra questão: os "artistas" têm mania de achar que a arte é importante demais, que as pessoas deveriam procurá-la, fazer parte dela e pagar por ela. Nãããão, de jeito nenhum! Ninguém tem que fazer ou deixar de fazer nada! Tudo são escolhas, e é isso o que tem faltado pros tais "artistas". Jogam qualquer coisinha por aí, sem ter estudo (material) pra isso, e acham que estão abafando. Falta escolha, falta certeza, falta saber onde se está. Resultado? Milhões de trabalhos ruins e que ninguém entende.
A "arte" (se é que ela existe) está num lugar que acredito ser o seguinte: nos dá entretenimento ou nos apresenta o resultado de algum trabalho, pesquisa ou estudo. E não nos esqueçamos do espectador/receptor/observador/jogador/ser/etc. Se não fosse ele, se não fosse a relação formada entre as pessoas, de nada valeria esse trabalho. A "obra" acaba ficando super-valorizada em relação ao "evento" criado no instante em que as pessoas entram em contato com ela. Essa "obra" pode ser apenas uma idéia ou proposição, mas se haver certeza disso, acontecem coisas maravilhosas (Lygia Clark é um exemplo maravilhoso).
Voltemos às raízes um pouco, percamos o medo do passado, aprendamos com ele (soa piegas, mas é verdade). O Modernismo, do qual tanto tem-se repulsa nos últimos tempos, nos mostra como se anda: com puxões de tapete, com desequilíbrios, mas que provêm de um estudo e de um trabalho intensos. Para propormos coisas novas e sairmos do lugar e, consequentemente, conseguirmos prazer (que é, no fim das contas, o "sentido da vida"), é necessário estudo, é preciso saber onde se está pisando, é preciso saber o que exatamente se está desconstruindo. Não é fácil não. O fácil é acomodar-se, e isso faz parar. O equilíbrio é estático, é a normalização extrema, é o fim de tudo.
Não quero que tudo acabe (mas isso é extremamente pessoal). Sinto prazer com o novo e (quase) tudo que tenho visto tem me desapontado muito. Tentar sair desse lugar-comum não é uma coisa muito fácil, mas me dá prazer. Cá estou eu quase gozando.
Um beijo bem gozado no cuzinho de todos vocês, meux baixinhox.

Performance é a forma de expressão mais burra que há...

...pelo menos do jeito que as pessoas têm feito. A tão falada parformance se propõe a dialogar com o instante, focando-se mais num evento (nada mais natural, já que é quase "filha" do happening) que num objeto ou obra (odeio esse nome) ou qualquer coisa palpável que o valha. Não é um espetáculo, não há observação passiva com a conhecida "quarta parede" do teatro clássico, e não há aplausos, portanto - não como regra, claro, mas não há aplausos com a intenção com que são feitos, tendendo para a espetacularização da coisa.
O que, contudo, tem acontecido? As pessoas tomam essa liberdade que a performance dá, juntamente com alguns "conceitos" (se é que há algum) da "arte contemporânea" (outro termo que odeio, mas sejamos didáticos), e acabam fazendo qualquer porcaria sem um estudo apropriado. Por falta de nome, chamam de performance. Não é nem um evento dissociado no tempo, na vida (o happening surge na live art), e nem um espetáculo, feito para o entretenimento ou apreciação ou qualquer coisa que o valha (de novo). Fica no meio do caminho, sem ter certeza, e isso tira (quase) todo o valor desses trabalhos. O "artista" (outro termo que odeio) não sabe onde tá, o que tá fazendo, por que faz, de onde vem aquilo, com base no quê, e o pior de tudo: sem saber disso. Se não tivesse nada disso conscientemente, ótimo! Completamente válido - o que não significa que seja bom (aliás, nada significa necessariamente nada). Acaba que tudo que fica no meio do caminho e sem certeza acaba por se denominar performance. E isso vai acabar queimando o filme desse "gênero artístico" (didática me mata), se é que já não queimou. O assunto tem estado em alta (pra todo lado se vê performances, picaretas ou não), imagino que justamente por ser um nome-genérico, que se dá praquele trabalho que você não sabe se é teatro, se é dança, se é "arte visual" (ô terminho ruim, esse também), se é arquitetura, ou se é simplesmente uma ação cotidiana. O que poucas dessas pessoas têm percebido é que as ações cotidianas são muito mais próximas da performance do que esses monstrinhos que têm aparecido por aí com esse nome. É triste ver tanto trabalho de gente preguiçosa, que não quer estudar o que faz (e isso tem sido recorrente em toda a "arte contemporânea", me fazendo ter repulsa, quase nojinho, desse termo), que tem aparecido por aí, e com nome de sabe-se-lá-o-quê, que acaba virando performance por falta de opção.

Acho que tá na hora das pessoas começarem a estudar, pelo menos...