terça-feira, 24 de junho de 2008

Brincar de índio.

O negócio é o seguinte: mandemos a seriedade às favas - melhor, à puta que a pariu.
Patricia Kitten Braden, Babs Johnson, Michael Alig, Daniel Johns, Eugene Hütz... referências não faltam!
A humanidade está aprendendo o próximo passo e, se observarmos bem essas pesonas que eu citei, fica fácil de descobrir qual é: o jogo. Já foi o tempo de ser rígido, de levar as coisas "como elas deveriam ser". O modernismo já foi! Não dá pra ficar pensando rigidamente como eles mais não.
(Isso porque, mesmo antes deles e durante a sua vida, já havia muita gente sem vergonha no mundo.)

Deixa eu propôr um negócio, então: e se a gente fosse a gente mesmo de verdade?! Se realmente não tivéssemos medo de nos expressar ou comunicar?! E se comer cocô de cachorro na rua fosse simplesmente engraçado e divertido ou nojento, dependendo de quem vê, mas JAMAIS uma coisa que NUNCA deve ser feita?! E se pudéssemos tudo?! E se fôssemos mais abertos a aceitar a diversidade do outro REALMENTE?! Porque, convenhamos, ninguém aceita ninguém nesse mundo. Falamos de liberdade de expressão pra lá, alteridade pra cá, respeito pra todo lado, mas basta alguém correr por uma avenida gritando (de felicidade, de dor, do que for) que todo mundo vai olhar estranho e dizer que tem que internar.

Internemos os loucos que censuram!

E a censura é muito mais presente do que pensamos: só o fato de usarmos roupas já é um tipo de censura. Usarmos roupas tão iguais, principalmente! Usamos saias, calças, bermudas... que mais?! NADA!! Ninguém cria nada. Muito comodismo. Fala-se em roupas originais, mas ninguém não quer nem saber qual o seu próprio meio de compôr o atributo visual do corpo.

Hipocrisia filha da puta. Que todos mostremos os cus e aceitemos os cus alheios! É bem sujo mesmo, e é MUITO diferente de cada um. Não sabemos o quanto! Mas não é pra menos: ninguém quer mostrar. O que também não é pra menos: não nos deixam mostrar. Ou, pelo menos, tentam.

E aí eu fico aqui reclamando que ninguém é si próprio. De que adianta?! Eu é que vou ser taxado de louco. Raspar um lado só do cabelo e deixar o outro lado maior que o resto?! LOUCURA!! "Tá parecendo o Capeta!", como diria minha vó. E o que é isso senão cabelo?! Vai crescer, vai mudar, eu também vou crescer, vou mudar (mesmo que eu morra, olha que legal!). Pra que deixar o cabelo convencionado há décadas, se não é onde eu me sinto à vontade?! E por que eu não posso experimentar outra coisa pra ver se me sinto melhor de outra forma?!

O negócio é o seguinte: todo mundo pode TUDO. Basta que seja conveniente ou pertinente. Mesmo que não seja conveniente nem pertinente, só a vontade de fazer algo inconveniente ou impertinente torna a ação conveniente e pertinente.
Abramos tudo! Tiremos tudo! Mostremos tudo!
Usemos textos no imperativo num bobolog mesmo que alguns loucos digam que você parece um político empolgado demais.
Exclamações? Use quantas quiser! Interrogações também!
Faça perguntas, duvide, procure, saia do lugar. A homogeneidade é um buraco negro, é o fim do mundo. O equilíbrio é um estado de pânico, já pensaram?! Não tem como sair dele! Portanto, não se iludam: também não é possível voltar a ele, a força entrópica é muito maior. Então, pra que tentar procurá-lo?!
Já é tudo heterogêneo mesmo! Ficar tentando esconder isso é pura babaquice. Mostrar o que existe de verdade é a melhor coisa do mundo - experiência própria.

E hasu f093hk ahsofe fah asps9f3jh fsjc9, epofaj! AJsfj, qei. Na~ssfi? Ôjef8, ahfxsyf9qn ashfkj, asf9 asl îu.

Uma música bonitinha pra todo mundo, então:

Vamos brincar de índio,
Mas sem mocinho pra me pegar.
Venha pra minha tribo,
Eu sou cacique, você é meu par.
Índio fazer barulho.
Índio ter seu orgulho.
Vem pintar a pele
Para a dança começar...


Composição: Michael Sullivan/Paulo Massadas
Versão mais famosa e conhecida: Xuxa

Nota: direito autoral é uma babaquice! Mas isso é assunto pra outra hora.







*Continua no próximo episódio...

3 comentários:

Anônimo disse...

Que coisa fantástica que você disse.

Um manifesto...

Como se chama?

Anônimo disse...

Esse pensamento ainda entra para os livros de História do futuro, hehe. O problema é que, creio eu, acaba tendo o mesmo fim do comunismo, isto é, "pura utopia".
Mas tenho uma sugestão: acabemos com a religião, com a vida eterna. Se não há um objetivo, um fim comum, o que impedirá que o brilho do "meio do caminho" seja mais intenso? Fica só no desejo, de todo modo. Adorei a idéia, embora não goste do autor (era bem de sinceridade que você dizia, sim?).
Se puder, passe no meu blog também. Lá não tem nada de revolucionário, mas tem um pouco das palavras com as quais minha alma se veste.

http://kblogger3.blog.terra.com.br

Até

Unknown disse...

Manifesto e inflamado. Ui, até me queimei.

Brinks, também sou favorável. Não me queimo nada, até tento desenhar minhas roupas... só não sei desenhar e não tenho dinheiro pra mandar fazer. u_u'